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A retenção pode ser aguda. Num sujeito que, até então, urinava normalmente, ou tinha uma pequena dificuldade, ocorre bruscamente uma paragem completa das urinas. Todavia, a vontade de urinar mantém-se e até repetidamente, mas, apesar dos esforços, não «sai» nada. Muito rapidamente o incómodo transforma-se em dor, e depois numa verdadeira tortura; o doente, exorbitado, pede que lhe acudam de qualquer maneira.
Mas a retenção também pode ser incompleta; o doente urina parcialmente, mas com frequência; finalmente, a urina sai gota a gota, permanentemente.
Nos dois casos, há um sinal comum: a aparição de uma «bola» no baixo-ventre, que não é mais do que a bexiga dilatada pela acumulação das urinas.
Quando nos apoiamos sobre esta bola, que se designa por «globo vesical», o sofrimento do doente atinge o seu ponto máximo.
A incontinência urinária é o inverso do que antes referimos. Nesse caso, o doente não pode reter as suas urinas; estas escorrem constantemente, ou então por jatos, e muitas vezes na sequência de um esforço: tosse, riso, etc.
Já vimos que, no primeiro caso, retenção e incontinência são por vezes difíceis de distinguir.
Excluímos das incontinências a enurese, o «xixi na cama» noturno das crianças, tratado no capítulo anterior.